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| Vista Panorâmica de Buriti dos Lopes-PI |
HISTÓRIA
A
primitiva povoação onde se encontra situada a atual cidade de Buriti
dos Lopes, foi fundada acerca de 251 anos pelo português Francisco
Lopes, seu primeiro habitante, o qual, aqui chegando, se estabelecera as
margens do riacho Buriti, nome que lhe foi dado em decorrência dos
buritizais nativos. Completou o topônimo o sobrenome “Lopes” do seu
fundador. Francisco Lopes, querendo aproveitar a corrente do riacho e
desenvolver naturalmente o plantio do arroz e outros cereais, mandou vir
de Portugal pedras de cantaria para montagem de monjolo, as quais ainda
ali se encontram, apresentando indícios de nunca terem sido utilizadas.
Após o desaparecimento de Francisco Lopes, sucedeu-lhe na direção do
povoado seu descendente Ângelo Antônio Lopes, que sempre mereceu a
estima dos habitantes do lugar, morrendo em 1839, assassinado pelos
rebeldes balaios. Contava 90 anos de idade quando foi morto na Fazenda
Tinguis, de sua propriedade. Atacado de surpresa quando trabalhava numa
farinhada, não teve tempo de reagir, morrendo abraçado ao crucifixo. Em
virtude da morte de Ângelo Lopes, verificou pronta reação do povo e das
autoridades, pois, no dia 31 de janeiro do mesmo ano, uma força mista de
cavalaria e infantaria, sob o comando do prefeito de Parnaíba, tenente
coronel José Francisco de Miranda Osório, atacou subitamente o grupo dos
balaios que se encontrava estacionado no lugar denominado Barra do
Longá, o qual, depois de fraca resistência, debandou desordenadamente,
deixando em poder dos legalistas, 18 prisioneiros, 06 mortos um ferido,
20 cavalgaduras, 21 armas e toda sua bagagem. Como medida contra
quaisquer outras investidas dos rebeldes a Buriti dos Lopes, ficou
estacionada em sua sede uma força sob o comando do capital Mariano
Castelo Branco, até o fim da Guerra dos Balaios.
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| Igreja Matriz de Buriti dos Lopes |
Foi
contemporâneo de Ângelo Lopes, na direção do povoado, seu parente, o
alferes José Lopes da Cruz, que fundou e construiu a capela de Nossa
Senhora dos Remédios, hoje matriz da paróquia. Com o falecimento destes,
assumiu a direção do povoado Luiz José Demétrio neto de José Lopes, que
nasceu em 1783 e morreu em 27 de julho de 1866 sendo substituído por
seus filhos Francisco Demétrio Castelo Branco, Epaminondas Demétrio
Castelo Branco e também pelo coronel Manoel Rodrigues de Sampaio e
capitão Mariano Lucas Leódido.
O
nome de Buriti dos Lopes conservou-se até 27 de junho de 1907, quando a
Lei estadual nº 428 mudou para o de Vila do Baixo Longá, voltando
novamente o primitivo topônimo, Buriti dos Lopes, por força da Lei nº
641, de 13 de julho de 1911. O povoado havia sido elevado a categoria de
vila pela resolução estadual nº 15 de 02 de agosto de 1890, do então
governador da província Dr. Joaquim Nogueira Paranaguá. A Lei estadual
nº 205, de 30 de junho de 1899, alterou os antigos limites entre Buriti
dos Lopes e Parnaíba, estabelecendo uma nova linha tirada do riacho
Rebentão, casa de Manoel Mendes à Fazenda Cadoz e,
desta, uma reta à Fazenda Mucambo, passando pelo Espírito Santo de
Cima. Ainda pela referida lei nº 428, de 27 de junho de 1907, foi criada
a comarca de Buriti dos Lopes e a ela anexada o distrito judiciário de
Porto Alegre (atual Luzilândia), o qual ficou assim desmembrado da
comarca de Barras, a que pertencia, e, por Lei estadual nº 595, de 1º de
agosto de 1910, foi suprimida a comarca, passando o município de Buriti
dos Lopes a pertencer novamente à comarca de Parnaíba, sua a invocação
de Nossa Senhora dos Remédios, a Lei provincial nº 533, de 13 de junho
de 1864, criou a paróquia de Buriti dos Lopes que foi canonicamente
inaugurada, por provisão do Bispo Diocesano Dom Frei Luis da Conceição
Saraiva, expedida em 16 de agosto de 1864 e instalada pelo seu primeiro
pároco, padre José Raimundo Pereira de Freitas, nomeado por provisão de
16 de setembro do mesmo ano. Por Decreto nº 1279 de 26 de junho 1931,
foi extinto o município de Buriti dos Lopes, ficando o seu território
anexado ao de Parnaíba, até 04 de setembro de 1933, quando o decreto nº
1478 restaurou sua autonomia administrativa. A vila foi elevada a
categoria de cidade pelo decreto estadual nº 147, de 31 de dezembro de
1938, conseqüente do Decreto Federal nº 311, de 02 de março do mesmo ano
que deu normas gerais sobre a nova organização geral do país,
inclusive, a de serem elevadas a fóruns de cidade todas as sedes
municipais de categoria inferior.
A
agencia postal foi instalada a 04 de outubro de 1844; a estação
telefônica a 25 de março de 1923 e a iluminação elétrica no ano de 1950.
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| Buritizais que dão nome a cidade |
Fonte: Portal Buritiense
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